Quando me tratas mau e, desprezado,
Sinto que o meu valor vês com desdém,
Lutando contra mim, fico a teu lado
E, inda perjuro, provo que és um bem.
Conhecendo melhor meus próprios erros,
A te apoiar te ponho a par da história
De ocultas faltas, onde estou enfermo;
Então, ao me perder, tens toda a glória.
Mas lucro também tiro desse ofício:
Curvando sobre ti amor tamanho,
Mal que me faço me traz benefício,
Pois o que ganhas duas vezes ganho.
Assim é o meu amor e a ti o reporto:
Por ti todas as culpas eu suporto.
William Shakespeare
domingo, 28 de junho de 2009
sábado, 27 de junho de 2009
Amando ou perdido
Amor de perdição
Perder-se de si mesmo.
Quem controla o coração?
É um estar ausente de sentido.
É um sofrer calado comovido.
É um sentir intenso mas contido.
É viver do amor a perdição.
Do tempo perde-se a noção.
Na ausência, minutos parecem horas
E a alma agita e o coração implora.
Na presença, do tempo a sensação
De que voa ligeiro e se faz mensageiro
Da insensatez da mente, do amor impertinente
Que exaure e maltrata quem dele é companheiro
E se entrega por inteiro a esse amor sem perdão.
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